sábado, 11 de julho de 2009

Stop!

Às vezes a única vontade latente é parar, ficar inerte, não fazer nada... Talvez, congelar o tempo e fazer das batidas do meu coração o “tic-tac” do relógio.
Às vezes dá vontade de correr, desabafar, de pular, de tomar atitudes, se arriscar... Às vezes eu só quero a minha própria companhia, outras eu quero estar com tantos a ponto de me perder em tantas idéias e pensamentos...
Mas hoje, tão somente hoje, eu quero parar, refletir. Eu quero olhar para um lugar onde só eu tenho acesso, um lugar tão profundo que muitas vezes é ignorado por mim, mas que paradoxalmente, outras vezes se torna meu grande esconderijo. Preciso ficar ali, quieta, tentando me entender e conflitando arduamente contra mim mesma, sendo uma inconseqüente, mas ao mesmo tempo me passando sermões e endireitando minha cerviz.
Parece que de lá sou só uma telespectadora da minha vida, eu olho para mim e me sinto digna, muito envergonhada ou simplesmente sinto-me apática, tenho a sensação que há falta de atitude e que o medo me freia arduamente quando o desconhecido está às portas. Está certo que isso é bom, mas nem sempre, em algumas situações é necessário audácia. Prudência é uma virtude louvável, mas audácia na dose certa e bem empregada pode fazer de vidas, práticas e não vãs filosofias.
Sabe, sempre que paro para olhar pra mim, sempre que mergulho no meu manancial de sentimentos e emoções eu caio num mesmo ponto. Seja preenchido ou vazio o meu coração sempre me dá uma única resposta para todas as minhas inseguranças, incertezas, impaciências... Meu coração não fala,grita,clama, pede encarecidamente que eu o ouça, mas eu me faço surda, muitas vezes por escolha própria. Aí a vida vai passando, os problemas vão se acumulando e eu me vejo nessa situação, parando... Parando para escutar aquele que nunca deixou de falar, parando para lembrar-me de amar e ao mesmo tempo de ser racional, parando para agir com inteligência e não por impulso, parando para ter domínio próprio, parando para pedir que ELE não pare nunca de falar ao meu intimo, pois se não fosse ELE me resgatar de mim mesma todas as vezes que decido dá uma de auto-suficiente eu já poderia ter parado, definitivamente, há muito tempo.