terça-feira, 26 de abril de 2011

Porque a raça humana evolui...



O tempo passou e deixei de ser a moça tímida demais.

Deixei de falar baixo, para o extremo oposto inclusive.

Não sinto mais arrepio quando ouço uma música, porque agora sinto arrepio ao fazê-la.

Falar em público deixou de ser pesadelo para ser uma adrenalina necessária e quista.

Coisas novas ainda me assustam um pouco, mas a vontade de conhecê-las me seduz.

Respeito. Sim, passei a entender o significado amplo da palavra e não apenas repeti-la como uma frase de ordem.

O príncipe? Eu nem espero mais, talvez um sapinho jeitoso seja mais divertido!hehehe

Não sonho mais em descobrir o mundo, eu já o desvendo a cada dia.

Não preciso de máximas de terceiros, agora tenho as minhas...

Auto-suficiente?
Nuncaaaaa, graças a Deus por isso.

O melhor elogio que recebi até hoje?
“Eu te amo”!
Porque essa frase além de sonoramente linda reduz suas qualidades em um sentimento inigualável. Afinal, não tem melhor elogio do que traduzir alguém em emoções. Entretanto, um amigo meio doidinho disse algo que amei também; “Você é uma mulher utópica”. Uhuuuu... Adoro ser utópica, amigo!hehehe

Descobri que quando a gente diz que vai esquecer um amor, às vezes descobre que nem era amor, por isso conseguiu esquecer.

Aprendi que cada fase tem seu charme característico, até as difíceis.

Notei que é bom fazer loucuras e passar por situações engraçadas, essas são as melhores histórias a serem lembradas.

Também descobri que tenho um vocabulário próprio, e julianês é minha linguagem, meus amigos sabem do que estou falando e desfrutam disso. hehe

Eu sorrio com olhos e falo com gestos. Deslumbro-me com a felicidade alheia e todas às vezes eu roubo um pouquinho dela para mim.

Descobri que é bom extravasar vez ou outra.
“Que se exploda!"
Pois é, tem horas que é ótimo dizer isso.

Aprendi a me importar com quem é importante, as pessoas falsas são insignificantes.

Clichês são bregas, mas verdadeiros.

Há alguns anos também notei que extensas doses de Vinícius de Moraes me aliviam e anestesiam a alma.Tenho a nítida sensação de que ele escreveu “Menina como uma flor" para mim, só pode!hehe.

Mas, a minha maior descoberta foi o melhor lugar do mundo, sem hipérbole alguma;

Descobri que o melhor lugar do mundo não é um lugar, mas uma pessoa, Deus. Ele está em mim e Dele o lugar sou eu!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

22 anos, a essência conta história...



22 aninhos, quem diria...hehehe

Pensamentos...
“Caramba, o tempo passa rápido.”
“O que eu fiz até aqui?”
“Será que aproveitei o suficiente?”
“Está faltando alguma coisa?”

Pois é, esses foram alguns dos muitos pensamentos que permearam minha cabeça esses dias. É também incrível como olhar para o passado me remete ao futuro, me faz indagar o que será do amanhã e planejar o incerto.
Dentre todas as perguntas, a que me pareceu mais relevante foi “o que fiz até aqui?”, e neste texto vou tentar repassar a essência das minhas experiências no decorrer desse paradoxo que é a minha vida.

Eu sorri. Essa é a frase mais característica da minha declaração.
Eu sorri timidamente. Eu sorri insanamente. Eu sorri por disfarce. Eu sorri por nervosismo. Eu sorri por não saber o que fazer. Eu sorri daquele jeitinho de quem diz com palavras “não”, mas com o olhar “sim”. Eu sorri para não chorar. Eu sorri descontroladamente até perder o ar. Sorri de mim. Sorri de vocês. Sorri da vida e para a vida. Nunca me podei, em qualquer lugar e com quem fosse, enchi meus pulmões, redesenhei meus traços e sem pudores, eu sorri.

Amei, e como amei. Tive como professores a minha família, e em “matéria de amar” também virei mestra, e de vez em quando eu reveso com eles. Assim vamos aprendendo e ensinando a amar, uns aos outros e cada dia mais.

Apaixonei-me pelos meus amigos, ah que lindos!
Meus queridos, com os quais pude sempre contar, que me fizeram ver que amizade é mais do que companheirismo, mas também uma relação em que o amor impera.
Também amei a "outros", mas dessa parte da história vocês não vão querer saber, né?hehee

Já passei por tantas fases... Mas, mesmo assim sempre serei a frágil garotinha para aqueles que me envolvem em seus braços e me fazem crer que o mundo não é tão temeroso, que estou protegida no recôndito desse amor, meus pais. Entretanto, aos 22 anos, aprendi a me vestir de mulher todos os dias e, com minhas certezas e incertezas dentro da bolsa, enfrento a realidade de frente, procurando galgar níveis mais altos do que os meus saltos podem alcançar e, de fato, ser melhor a cada dia, não para o mundo, mas para Aquele em quem eu creio e para mim mesma.

Também já disse "eu te amo", e ouvi um “eu também”, outras vezes disse “eu te amo” e como resposta tive o silêncio. Fiz loucuras felizes, e já fui feliz por causa dessas loucuras. Já fiz “cenas” em público. Já me importei com o que os outros diziam, outras horas eu os achei insignificantes. Já me fiz de forte estando arrasada. Já fui feliz com coisas simples. Já chorei escondida. Já esperei. Já cansei. Já me senti sozinha no meio da multidão. Já me senti ótima comigo mesma. Já perdi. Já ganhei. Já sonhei. Já sofri. Já me senti segura. Já brinquei sem me importar com as aparências. Já dei abraços que eternizaram momentos. Já falei coisas que me arrependi, outras eu me orgulho de ter falado. Já briguei. Já senti raiva. Já fui sozinha para o outro lado do país, e enfim comprovei: o horizonte é maior...

O horizonte é maior do que nossas vãs filosofias. Já fiz muitas coisas das quais me orgulho, outras nem tanto. Mas,é ótimo saber que posso recomeçar a cada minuto, ser e dar o meu melhor, não porque haja méritos em mim, mas porque um dia alguém morreu para que o verbo “sorrir”, que caracteriza tanto a minha vida, não ficasse só no passado, mas se tornasse constante a ponto de ser um futuro bem presente.