sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Simplesmente um amigo!


OBS:Dedicado à todos os amigos que "reconheci",no CEPEM,no Disney,Grão Pará,Universo,UFRA,UFPA,amigos da igreja,do Aslan,amigos da rua (de infância),à todos os meus famíliares que além de laços de sangue tem laços de amizade comigo e principalmente aos meus amigos irmãos!Amo vocês!

Hoje eu estava lendo minhas antigas mensagens, cartas amareladas pelo tempo, fotos que rememoraram épocas e sentimentos. Sempre me perguntei por que guardo quase tudo, porque tenho tanta dificuldade de me desfazer de certas coisas, mas hoje obtive a resposta. É porque mais que simplesmente “coisas”, esses objetos me lembram pessoas e enviam uma mensagem direta ao meu coração relembrando a importância de tal individuo, não que eu tenha esquecido, mas é que com o tempo novos sentimentos vão surgindo e vamos guardando os antigos em lugares especiais prontos para eclodir a qualquer momento, mas enquanto isso não acontece ficam ali pulsando lembrando-nos que não estamos sós, que temos com quem contar.
Ás vezes acho que não mereço tantos amigos quanto tenho, às vezes acho que não demonstro tanto a importância deles na minha vida, mas agradeço a DEUS por tê-los,pois ao olhar pra eles lembro exatamente quem sou e tenho certeza de onde quero chegar...
Aos meus amados amigos de todos os tempos e épocas eu só tenho a agradecer, toda e qualquer insanidade, gargalhada, abraço, choro, bagunça que viveram comigo.Se tem uma coisa na vida,até hoje, que eu posso me orgulhar são dos meus amigos. Pessoas especiais, que certamente eu não conseguiria demonstrar o valor de tais nessas simples palavras. Apesar de ter me distanciado um pouco de alguns, pela minha inimiga falta de tempo, escrevo para dizer que eu nunca me esqueço de vocês, em momento algum, por que vocês já se tornaram parte do que sou.
Sim,é com eles que choro de rir e me fazem rir quando choro,são eles que me chamam de tudo menos do meu nome, abreviações carinhosas que não me diminuem, mas ao contrário, fazem sentir-me importante, amada ou simplesmente querida por alguém... Ai, ai, esses “alguéns”... Pessoas tão distintas, de posicionamentos tão diferentes, que adentraram a minha vida de um modo tão particular e singular, uns tocaram a campainha e pediram licença e quando notaram já eram de casa, mas outros arrombaram a porta do meu coração e lá fazem morada até hoje.
Alguns eu conheço desde a infância, se comunicam comigo em um único olhar. A intimidade chega a ser tanta que em certo ponto as palavras não são mais necessárias para entender o outro, pois ele se tornou parte de você. Outros eu conheci não há tanto tempo assim, mas a identificação é tamanha que parece que sempre estiveram ao meu lado, ultrapassam o enigma da maternidade e superam a minha mãe quanto ao seu sexto sentido (heheh), ao telefone, pelo tom da minha voz, sabem discernir meu estado de espírito ou pela forma que digito no MSN, por mais que eu me esforce para camuflar a realidade.
Nem preciso dizer a diferença que cada um deles faz na minha vida. Tive amigos que passaram por mim, me descobriram e eu os descobri, mas que depois seguiram seus caminhos. Hoje, juntos, em natais, finais de ano ou em um encontro casual na rua, relembramos as brincadeiras do passado, as cantigas entoadas, todas as marcas deixadas em ambos os corações. Mas, que utopia e pretensão é a nossa... Nunca poderíamos descrever tamanho valor, cada minuto, cada gargalhada, cada loucura e por que não o nosso silêncio, foi e é algo que ultrapassa descrições, citações de poetas ou explicações. É algo que se resume em sentimento, como as batidas do coração, como a lágrima vertida ao lembrar-se de como é bom viver, como é bom não conhecer apenas, mas sentir as pessoas,e é melhor ainda quando não apenas as sentimos passageiramente,mas quando se tornam um sentimento continuo ,por mas que esteja guardado no peito, nunca deixa de ser latente.
Afinal, podemos tentar enganar aos outros quanto ao que somos, podemos criar nosso teatro, com trabalho, filhos, casamento e fazer dele uma redoma de vidro, mas não podemos enganar nosso coração quanto ao passado, pois diferente do que pensamos a origem da palavra coração não é por acaso, do latim significa saltar. Exatamente, é esse o propósito dele, saltar, entretanto não só para bombear o sangue, mas também saltar em direção a nós, em direção ao que sempre fomos e às vezes nos esquecemos de voltar ser... Simplesmente um amigo!

sábado, 11 de julho de 2009

Stop!

Às vezes a única vontade latente é parar, ficar inerte, não fazer nada... Talvez, congelar o tempo e fazer das batidas do meu coração o “tic-tac” do relógio.
Às vezes dá vontade de correr, desabafar, de pular, de tomar atitudes, se arriscar... Às vezes eu só quero a minha própria companhia, outras eu quero estar com tantos a ponto de me perder em tantas idéias e pensamentos...
Mas hoje, tão somente hoje, eu quero parar, refletir. Eu quero olhar para um lugar onde só eu tenho acesso, um lugar tão profundo que muitas vezes é ignorado por mim, mas que paradoxalmente, outras vezes se torna meu grande esconderijo. Preciso ficar ali, quieta, tentando me entender e conflitando arduamente contra mim mesma, sendo uma inconseqüente, mas ao mesmo tempo me passando sermões e endireitando minha cerviz.
Parece que de lá sou só uma telespectadora da minha vida, eu olho para mim e me sinto digna, muito envergonhada ou simplesmente sinto-me apática, tenho a sensação que há falta de atitude e que o medo me freia arduamente quando o desconhecido está às portas. Está certo que isso é bom, mas nem sempre, em algumas situações é necessário audácia. Prudência é uma virtude louvável, mas audácia na dose certa e bem empregada pode fazer de vidas, práticas e não vãs filosofias.
Sabe, sempre que paro para olhar pra mim, sempre que mergulho no meu manancial de sentimentos e emoções eu caio num mesmo ponto. Seja preenchido ou vazio o meu coração sempre me dá uma única resposta para todas as minhas inseguranças, incertezas, impaciências... Meu coração não fala,grita,clama, pede encarecidamente que eu o ouça, mas eu me faço surda, muitas vezes por escolha própria. Aí a vida vai passando, os problemas vão se acumulando e eu me vejo nessa situação, parando... Parando para escutar aquele que nunca deixou de falar, parando para lembrar-me de amar e ao mesmo tempo de ser racional, parando para agir com inteligência e não por impulso, parando para ter domínio próprio, parando para pedir que ELE não pare nunca de falar ao meu intimo, pois se não fosse ELE me resgatar de mim mesma todas as vezes que decido dá uma de auto-suficiente eu já poderia ter parado, definitivamente, há muito tempo.

sábado, 2 de maio de 2009

Em busca do banquete...

Ah, como é difícil dizer adeus, se desfazer de sentimentos muitas vezes cultivados por anos, tão próximos a nós que o compasso do palpitar do coração faz deles algo simplesmente inconfundível. É difícil se desfazer, não de sonhos, mas dos personagens deles.Na verdade cada pessoa individualmente acaba dando um direcionamento novo para cada história, mas na vida nem sempre escrevemos o que gostaríamos de ler.

Conscientizei-me que mereço uma felicidade que vai além do plano das ilusões,que pode ser palpável o suficiente a ponto de se tornar real. Por mais que doa finalizar histórias, às vezes não há alternativa, pois tem que haver reciprocidade na mesma e nem sempre é assim,por tanto um ponto em seguida em vez de ajudar pode só protelar o tão sonhado final feliz.

Às vezes dá vontade da gente fechar os olhos e voltar no tempo e até mesmo torcemos para que a vida dê um giro de 180 graus ao nosso favor,mas talvez já tenha dado e nós que não notamos .Ou mesmo,estamos tão fixados em coisas que designamos ser conveniente que nos tornamos cegos para o que Deus julga ser o melhor.

Bom, mas não é o fim,não é o fim dos sonhos, das realizações.Só é um novo começo.Onde novas histórias serão contadas, para um público que pode ou não ser o mesmo, mas uma coisa é certa, o autor nunca muda... E ao final de tudo, não me entristeço de ter sentido tudo que senti, mas me entristeço por só agora ter notado que DEUS me tem um banquete a oferecer e por muito tempo me conformei com as migalhas.

Mas, entrego minha vida nas mãos do criador, optei por deixar ser ele o narrador onipotente da minha existência,pois só assim meu enredo será coerente e linear,os obstáculos podem até existir ,mas sempre serão meros coadjuvantes e o antagonista desse mundo pode até tentar,mas não derrubará a protagonista ,por um único motivo, o autor da minha vida é DEUS,é ELE quem escreve os capítulos da minha história.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Por 20 anos,minha vida...

Às vezes nos sentimos tão confusos, paradoxais, sem perspectivas, mas ao mesmo tempo querendo abraçar o mundo mesmo estando de braços atados.Atados em nossos medos ,em nossas frustrações,nossa pequenez.Sabemos que no âmago há um gigante de potencial a ponto de se libertar,mas que se torna uma criança indefesa ao deparar com uma realidade muitas vezes fantasiosa ,que existe só nos limites que nós mesmos impomos.
Uma vez me disseram que “crescer é fazer escolhas”, e como é difícil crescer... Olhar para trás e observar os erros que nem sempre tiveram um aprendizado eficaz, olhar as alegrias e torcer para que o fechar dos olhos te leve de volta para aqueles agradáveis momentos, mas ao abrir saber que tudo passou, que foi importante ter vivido,sentido cada emoção,vertido cada lágrima e ter se divertido com coisas minúsculas e às vezes insanas.Mas,por um lado é bom notar que tivemos a oportunidade de desfrutar de tanta coisa,de ter não só conhecido ,mas vivido pessoas na plenitude da intensidade de cada uma,é bom ver que não só passamos pela vida,mas marcamos e fomos marcados por ela.
É mais gratificante ainda analisar que algumas marcas nos serão eternas, que apesar de novos rumos, de novos ambientes e por que não novas “marcas”, algumas simplesmente não deixarão de existir com o tempo, pois já se tornaram partes indissociáveis do que nos tornamos.
Agora, ao caminhar duas décadas por essa estrada que é a vida posso dizer que tracei novos caminhos, cruzei com alguns que me fizeram crer que valia a pena continuar caminhando e me incentivavam a olhar para frente por mais que os obstáculos teimassem em volver meus olhos para o chão, cruzei com outros que gostaria não ter cruzado, mas hoje vejo que se sou o que sou foi por que um dia alguém me fez ver que a minha opinião não era a única, mas que havia coisas e pessoas diferentes de mim e pude aprender com elas.
Não sou mais tão inocente como uma criança, apesar de resguardar uma infantilidade que espero nunca perder, mas também não sou tão madura a ponto de dizer que entendo a complexidade da vida.Nesse meio tempo vou andando ,caminhando e fazendo escolhas. Escolhas que resolvi colocar nas mãos de alguém que entende muito mais da vida do que eu, que entende minhas fragilidades e enxerga no florescer de uma mulher a menina dos seus olhos.
NELE eu encontro refúgio constante, sabendo que ELE sempre foi a ostra que em vez de fazer do meu incomodo pecado algo ruim, preferiu me moldar a cada dia na esperança que aconteça o que ninguém acreditara,ou seja,que no lugar de uma impureza surja uma resplandecente e pura pérola.Afinal, ELE enxerga em mim mais do que os olhos humanos conseguem ver.Entretanto, enquanto esse dia não chega continuo a ser acarinhada pela disciplina do Pai e protegida pela carapaça da sua justiça.
Hoje faço uma reflexão sobre a minha existência e noto que a decisão mais importante que tomei não necessitou de 60, 70, ou 80 anos para acontecer, mas que se concretizou nas duas primeiras décadas da minha juventude. E quantos caminhos poderia ter traçado... Mas, a minha frente foi desenhado, os meus olhos foram destampados e os meus pés foram direcionados a traçar esse caminho.
Alguns talvez não me entendam, achem radicalismo, mas isso que digo a vocês não consiste em religião, consiste em amor. Descobri que nada sou sem amor, que não teria sentido viver se não amasse e fosse amada, e por tempos tive uma busca incessante por um amor cálido e verdadeiro, que só pude obter quando encontrei a DEUS e por isso decidi, para sempre a minha grande ambição é CONTINUAR A AMAR...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Ainda uma vez_Adeus!

O poema é longo,mas bem expressivo.Espero q leiam até o fim,pois é um dos poemas que mais amo de Gonçalves Dias,bem representativo desse momento atual!

IEnfim te vejo! — enfim posso,

Curvado a teus pés, dizer-te

Que não cessei de querer-te,

Pesar de quanto sofri.

Muito penei!

Cruas ânsias,

Dos teus olhos afastado,

Houveram-me acabrunhado

A não lembrar-me de ti!

II

Dum mundo a outro impelido,

Derramei os meus lamentos
Nas surdas asas dos ventos,
Do mar na crespa cerviz!
Baldão, ludíbrio da sorte
Em terra estranha, entre gente,
Que alheios males não sente,
Nem se condói do infeliz!
III
Louco, aflito, a saciar-meD'agravar minha ferida,
Tomou-me tédio da vida,
Passos da morte senti;
Mas quase no passo extremo,
No último arcar da esp'rança,
Tu me vieste à lembrança:
Quis viver mais e vivi!
IV
Vivi; pois Deus me guardava
Para este lugar e hora!
Depois de tanto, senhora,
Ver-te e falar-te outra vez;
Rever-me em teu rosto amigo,
Pensar em quanto hei perdido,
E este pranto dolorido
Deixar correr a teus pés.
V
Mas que tens? Não me conheces?
De mim afastas teu rosto?
Pois tanto pôde o desgostoTransformar o rosto meu?
Sei a aflição quanto pode,Sei quanto ela desfigura,
E eu não vivi na ventura...Olha-me bem, que sou eu!
VI
Nenhuma voz me diriges!... Julgas-te acaso ofendida?
Deste-me amor, e a vida
Que me darias — bem sei;
Mas lembrem-te aqueles feros
Corações, que se meteram
Entre nós; e se venceram,
Mal sabes quanto lutei!
VII
Oh! se lutei! . . . mas deveraExpor-te em pública praça,
Como um alvo à populaça,
Um alvo aos dictérios seus!
Devera, podia acaso
Tal sacrifício aceitar-te
Para no cabo pagar-te,
Meus dias unindo aos teus?
VIII
Devera, sim; mas pensava,
Que de mim t'esquecerias,
Que, sem mim, alegres dias
T'esperavam; e em favor
De minhas preces, contava
Que o bom Deus me aceitaria
O meu quinhão de alegria
Pelo teu, quinhão de dor!
IX
Que me enganei, ora o vejo;
Nadam-te os olhos em pranto,
Arfa-te o peito, e no entanto
Nem me podes encarar;
Erro foi, mas não foi crime,
Não te esqueci, eu to juro:Sacrifiquei meu futuro,
Vida e glória por te amar!
X
Tudo, tudo; e na miséria
Dum martírio prolongado,
Lento, cruel, disfarçado,
Que eu nem a ti confiei;
"Ela é feliz (me dizia)"
Seu descanso é obra minha.
"Negou-me a sorte mesquinha. . .
Perdoa, que me enganei!
XI
Tantos encantos me tinham,
Tanta ilusão me afagava
De noite, quando acordava,
De dia em sonhos talvez!
Tudo isso agora onde pára?
Onde a ilusão dos meus sonhos?
Tantos projetos risonhos,
Tudo esse engano desfez!
XII
Enganei-me!... — Horrendo caos
Nessas palavras se encerra,
Quando do engano, quem erra.
Não pode voltar atrás!
Amarga irrisão! reflete:
Quando eu gozar-te pudera,
Mártir quis ser, cuidei qu'era...
E um louco fui, nada mais!
XIII
Louco, julguei adornar-
Com palmas d'alta virtude!
Que tinha eu bronco e rude
Co que se chama ideal?
O meu eras tu, não outro;
Stava em deixar minha vida
Correr por ti conduzida,
Pura, na ausência do mal.
XIV
Pensar eu que o teu destino
Ligado ao meu, outro fora,
Pensar que te vejo agora,
Por culpa minha, infeliz;
Pensar que a tua ventura
Deus ab eterno a fizera,
No meu caminho a pusera...
E eu! eu fui que a não quis!
XV
És doutro agora, e pr'a sempre!
Eu a mísero desterro
Volto, chorando o meu erro,
Quase descrendo dos céus!
Dói-te de mim, pois me encontras
Em tanta miséria posto,
Que a expressão deste desgosto
Será um crime ante Deus!
XVI
Dói-te de mim, que t'imploro
Perdão, a teus pés curvado;
Perdão!... de não ter ousadoViver contente e feliz!
Perdão da minha miséria,
Da dor que me rala o peito,
E se do mal que te hei feito,
Também do mal que me fiz!
XVII
Adeus qu'eu parto, senhora;
Negou-me o fado
Passar a vida contigo,
Ter sepultura entre os meus;
Negou-me nesta hora extrema,
Por extrema despedida,
Ouvir-te a voz comovida
Soluçar um breve Adeus!
Lerás porém algum dia
Meus versos d'alma arrancados,
D'amargo pranto banhados,
Com sangue escritos; — e então
Confio que te comovas,
Que a minha dor te apiade
Que chores, não de saudade,Nem de amor, — de compaixão.

domingo, 1 de março de 2009

Retiro Espiritual 2009


Esse feriado de carnaval foi bem importante para mim,fui para o retiro da igreja,me fez refletir sobre coisas muitas vezes consideradas ínfimas e ignoradas pelas nossas vidas mecanizadas.
Sabe,acho que passamos a vida desaprendendo a ser feliz,esquecemos que os outros têm coisas a oferecer e que o mais importante que deles podemos absorver não é tão concreto ao ponto de podermos tocar ,mas também não é tão abstrato ao ponto de não podermos sentir.
Passamos a desacreditar nas pequenas coisas caracterizado-as como perda de tempo ou infantilidades ,mas eis aí o pote de ouro no fim do arco íris,ninguém disse que não seria algo simples,e que nem por isso deixaria de ser reluzente.Talvez isso acontece para que depois de uma cansativa caminhada sejamos surpreendidos,ao saber que o ouro sempre esteve aos caquinhos ao nosso redor,mas foi preciso ter o anseio de vê-lo para que nós pudéssemos enxergá-lo.
Nesse feriado eu pude ver o ouro,eu pude descobrir coisas e pessoas na simplicidade de seus atos,de suas palavras e muitas vezes de um simples olhar.Aprendi a me despir de estereótipos ,de não julgar o livro pela capa ,como diz aquele ditado popular, afinal não devemos definir a capacidade dos outros,pois definir algo é limitar e descobri que podemos ser ilimitáveis se nossa fonte for a que jorra os mais brandos sentimentos que irão perpassar a eternidade.
Entendi que para fazer amigos basta está disposto a ser um amigo,que a amizade pode beirar o parentesco,afinal sabiamente foi dito: "há amigos mais chegados que irmãos”.Também entendi que pra falar de amor não é necessário fazer uma única associação de dois,mas que podemos associar muitos resumidos nesta única palavra,afinal o amor também é fraterno.
Às vezes tentamos riscar de nossas mentes determinadas lembranças e nos condicionar a agir de determinada forma,pois achamos ser isso o melhor,mas nem sempre todo o corpo acata a racionalidade do cérebro,nessas horas nos sentimos meio impotentes aos nosso próprio querer,o que fazer?
Bom,queria eu ter resposta para tudo,mas acho que é exatamente pelo fato de não sabermos tudo que as coisas se tornam melhores mesmo sem notarmos,pois aí vemos o quão frágeis e dependentes somos de uma sabedoria maior,que por enquanto pode até não emitir sonoramente todas as respostas,mas que faz do silêncio um sussurrar confortador aos nossos corações,essa voz é de DEUS!
Também me entristeci comigo mesma,me vi diante das minhas fraquezas e às vezes perdi a batalha,mas isso ocorreu por que pleiteei só por uma batalha que não era unicamente minha,acariciei meu ego e esqueci que aqui só vivo por DEUS,mas como disse uma sábia amiga: “deixo o passado para trás”,e espero não mais cair nas armadilhas do meu eu .
Por fim,a lição mais preciosa que tive foi aprender a notar o detalhismo de um DEUS perfeito,que delineia gestos,paisagens,sentimentos e o caráter de cada ser ,não de forma homogenia ,mas individual,pois DEUS se preocupa conosco de forma pessoal,Ele não quer nos dar uma alegria parcial,mas sim integral.Isso pode ocorrer só se nos permitirmos sermos comovidos pelo dedilhar de seu toque ao moldar de nosso caráter,às vezes pode ser difícil,pode ser incomodo,mas nada é melhor do que saber que você está sendo envolto pelas mãos do mais fabuloso oleiro,aquele que é perseverante em fazer dos seus vasos cópias exemplares do vaso mestre,que tenta quantas vezes for preciso,para fazer deles um espelho e juntar todos os cacos que sobraram quando dantes não os trataram com o devido zelo,ele pode te moldar,só precisa da sua permissão!
Postado por Juliana Lima às 03:30 0 comentários

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

"Antônimos" erroneamente sinônimos (RVSA 2 )

Tendemos a acreditar que os acontecimentos da vida são um mero acaso que sucumbiu no infinito de possibilidades, onde para muitos a Lei de Morphy passa a ser a filosofia de vida, ou seja, se algo tem possibilidade de dar errado certamente dará.
É mesmo uma ambigüidade tal ideologia, pois tudo depende de que ângulo você olha a realidade à sua volta. Afinal, tudo tem dois caminhos, para tudo há duas possibilidades: a de dar certo ou errado, e tais possibilidades não são condicionadas pelo mero acaso do destino, mas a partir do efetivo poder de escolha de cada um, o livre arbítrio.
Hodiernamente é difícil confiar no próximo. É difícil olhar para outro lugar que não seja o nosso reflexo no espelho. É difícil ligar a televisão e ver só tragédias, e observar que muitas vezes não há pessoas dispostas a conversar. Que se escondem, constroem muros à sua volta e se camuflam no seu próprio ego. Esse é o pensamento da maioria, e até é uma verdade. Entretanto, essa maioria diz não ser pessimista, mas realista, pois é esse o substrato do cotidiano.
Talvez devêssemos ser como tais. Talvez estejam certos. Talvez é isso mesmo que acontece no decorrer dos nossos dias. Mas a verdade é que pensar o pessimismo como realismo é uma visão minimalista do mundo. É julgar a exuberância de um oceano por algumas gotas de água. Nem tudo é realmente fácil. Ao contrário.
A vida torna-se muito mais difícil se a encararmos como uma previsível frustrante experiência, parafraseando a lei de Morphy: “Se você acredita que algo pode dar errado certamente dará.”
Ou seja, tudo termina aonde começa. A probabilidade das coisas darem errado para você começa dentro da sua própria mente. Se suas perspectivas giram em torno do pessimismo, não julgue ser a realidade ruim por suas experiências fracassadas, mas atribua os seus fracassos às suas escolhas próprias. Foram elas que lhe condicionaram ao fracasso.
O mundo realmente não é um ótimo lugar para se viver. Falar isso seria utopia. Mas fazer dele um lugar mais aprazível é escolha de cada um. Podemos passar a existência reclamando do que fizemos ou não, do que se tem ou não, de como somos ou não, ou podemos agir de forma distinta da maioria e buscar, nas pequenas coisas que sejam, um positivismo para continuar a caminhada. Os maiores homens da história fizeram-se desde pequenos e por isso tornaram-se grandes. Souberam ver nas impossibilidades experiências bem sucedidas. Não pensaram como a maioria e por isso fizeram a diferença!
A escolha é de cada um e a realidade nunca foi sinônimo de pessimismo. Associá-los dessa forma é uma negligência de quem não tem embasamentos sólidos e descansa no vazio do egocentrismo e filosofias baratas - que privam aquela que deveria ser a principal característica humana: o raciocínio!

Em prol do amor...

Estendido, cansado, nostálgico, olho a minha realidade, já certo do meu futuro, me removo ao passado e lembro-me das cenas daquelas pessoas, teria sido tudo uma mera hipocrisia?
De todo não.
Mas agora, todos me olhavam, com repúdio. Não se lembraram de mim em momento algum, mas eu lembrei-me de cada rosto. Lá vi aquele que acreditava nas minhas causas, que cria nas minhas convicções, que tinha a vitalidade da juventude, mas recusou usar sua força para lutar ao meu lado, na concorrência instituída, a ambição mais uma vez roeu os pilares do amor.
Em meio à multidão, flashes e imprensa vi também aquele que convidei para seguir adiante, junto a mim, lutando por um só propósito, mas como muitos ele olhou para trás e decidiu ficar em um passado onde a mediocridade tornou-se sinônimo.
A cidade parou para ver o “espetáculo”, em meio a uma selva de pedras, todos a mim apontavam. Lembrei que um dia fui aclamado. Parecia que não se lembravam mais de mim... As pessoas me empurravam e gritavam, os holofotes eram fortes em meu rosto, mas não tanto a ponto de não poder vê-lo. Foi difícil ver todos ali, mas o rosto dele inegavelmente me comoveu. Um filme reprisou na minha mente. Os melhores capítulos daquela história, da amizade consumada ainda na infância, dos segredos e conflitos compartilhados na adolescência, e da luta em comum, pelos objetivos futuros quando adultos... Pelo menos foi o que pensei, mas meu rosto empalideceu, meu semblante se desfigurou, a tristeza transpareceu meu olhar, pois tudo era uma farsa. Ele era um dos meus melhores amigos. Vi seu casamento se firmar, os filhos crescerem. Foi meu companheiro de trabalho, mas não levou nada disso em consideração.
Apunhalou-me pelas costas, me deixou só, não me ajudou, nem me visitou quando me encarceraram no seio da injustiça.
Sua face era semelhante à de todos os outros. Me ironizavam, as mãos faziam com que aquela ira se transformasse literalmente em dor.
Andando em meio aquele asfalto esburacado, as pedras à minha frente se multiplicavam. Muitos tentaram me fazer desistir, mas nem que lute só conseguirei meu objetivo, mesmo que toda a cooperativa me abandone e reivindique sozinho, meus olhos estão fixos no alvo. Solitariamente fui pleitear por uma importante causa.
Enchi-me de coragem e na frente de todos lutei,gritei,chorei,sorri,falei. Não me preocupei se os mais importantes chefes me ameaçariam, mas cheguei à conclusão que a única forma de ser vitorioso era perdendo a batalha, pois só assim teria êxito na guerra.
Calado, quieto, por entre corredores de um silêncio ensurdecedor, me pegaram. Deixei-me levar, como uma criança indefesa, me rendi. O tumulto e a correria passaram a ser os protagonistas daquele episódio, os policiais levaram-me,começou um verdadeiro martírio,foi um longo e difícil caminho.
Por entre altas torres de concreto vi minúsculas pessoas, que saiam afoitamente de seus prédios como que querendo executar uma sentença que por eles já tinha sido julgada. Almejando humilhação pública me levaram para porta do presídio, me olharam com desprezo,gritavam que eu era um hipócrita, ouvia risos de deboche . Então, caminharam comigo, segurando meu rosto, para que todos pudessem ver-me,parecia que eu era o troféu que todos almejavam.
As pessoas saiam das suas casas para não perder a oportunidade de apontar o dedo em minha face. A cidade parou junto com os carros, que fizeram um corredor para presenciar aquele momento deplorável. As luzes da cidade estavam focadas em mim, armaram à cena, que para eles e muitos que ainda iriam vir foi uma comédia, mas para os poucos que me reconhecem ,esse foi meu drama.
Ao fim, levaram-me ao prédio mais alto, que muito me lembrou o monte, o céu da cidade estava cinzento, para ele olhei e perguntei : Aonde estás?
O cenário pode ser diferente, mas os personagens são os mesmos.
Lá no alto do prédio, olhei para baixo e os vi, todos estavam lá, inclusive você, me insultando e desprezando. Estenderam-me sobre o “presente” que você construiu para mim, e me obrigou a carregar por toda essa jornada.
O suor em tom carmesim acompanhou o brado de dor,quando ouvi o barulho dos pregos,nas mãos, nos pés, uma,duas,três vezes, pregaram-me, pregaram-me.
Pela ultima vez olhei para o rosto de vocês e por amor, inclinei a fronte, fechei os olhos e morri!

Estreando....

Para dar início a esse blog compartilho com vocês um texto de minha autoria que para mim é muito especial,que vocês sintam-se tão tocados quanto eu ao lê-lo.

REPRODUZINDO VIDAS NA AREIA...


Ah , quão fugaz e corriqueira é a vida,sempre apregoada a sua cotidiana mesmice,tão passageira,tão ordinária ,tão injusta,tão mesquinha.É assim que muitos passam a maioria da sua existência a indagar dia após dia,mas esquecem que a mesma realidade pode ser vista de diferentes formas,depende do ângulo que se olha.
Esses personagens acima descritos,fantoches nas mãos do pessimismo,fazem com que suas vidas tornem-se apenas um reflexo de suas vazias palavras.Que triste deve ser andar na beira do precipício de uma opcional mediocridade!
Sim,opcional,pois que ignorância é entregar-se as mazelas da vida e nunca olhar o lado positivo,o lado bom das coisas.
Talvez,você esteja se perguntando como fazer isso em um mundo onde o que vira noticia são ,na sua grande maioria,as tragédias ,onde os atos de honestidade estão em extinção,onde a corrupção passou a ser a ideologia defendia mesmo que de forma camuflada por muitos, levantando a bandeira do:"todo mundo faz por que não posso fazer também!”
Viver em um mundo com essas perspectivas parece frustrante,parece até que a maneira mais racional de viver seria igualar – nos aos que funcionam como massa de manobra do pessimismo,não é?
Claro que não!As pessoas que vivem assim não são fundamentadas em nada e a qualquer brisa leve de possibilidades de se contaminar com a epidemia do “maria vai com as outras “ se deixam levar,afinal :”o imprudente sempre constrói sua casa sobre a areia e quando a tempestade vem ela se esfacela.
É muito mais fácil construir a vida sobre a “areia”,onde jaz o pessimismo , o fatalismo e a melancolia,pois não temos que gastar nossos esforços para estabelecê-la em lugar mais seguro,onde as “brisas” nem as “tempestades” a liquidarão,onde o medo de errar passa a ser a regra do jogo e, paradoxalmente, impede a muitos de jogar.É isso que ocorre com grande parcela da população, que diz que seu pessimismo é reflexo do realismo,mas se esquecem de dizer que tal opinião é resultado de uma visão individual e eu diria que é reflexo de uma vida interiormente vazia que construiu sua casa sobre os mais frágeis alicerces ,com isso chegamos a conclusão que o “novo mal do século”,o pessimismo não começa de fora para dentro ,a partir das observações da sociedade,mas de dentro para fora,a partir da visão de cada um ,a partir de seus fundamentos ou da falta deles.
Talvez você esteja achando que eu defendo a alienação do mundo e dos seus problemas, valorizando uma sociedade utópica onde tudo seria agradável e aprazível aos olhos,bom, a resposta é não,não estou defendendo uma sociedade perfeita aqui nessa terra,pois com a corruptível mancha do pecado não a teremos.Creio que devemos sim observar os problemas que envolvem nossa sociedade,mas não devemos fazer dos mesmos uma filosofia de vida,algo que acabe estagnando nossas ações por não ver uma solução para a enxurrada dos mesmos que nos envolve,ao contrário,devemos observa-los e deles obter aprendizados ,obter experiências ,obter resoluções e no final de tudo ter a satisfação de saber que não passamos a vida nos contaminando pela proposta de “ser como a maioria”,mas por decidirmos nadar contra a maré fizemos a diferença!
Como aprender a olhar a vida de uma forma altruísta e benéfica,mesmo não se fazendo cego para os acontecimentos ?
Fazendo escola com o maior mestre de todos,JESUS, que tinha tudo para desistir ,mas diferente da maioria,não te olhou de forma pessimista senão com um amor altruísta e por isso você está aqui,porque um dia alguém morreu para que você pudesse viver e muitos preferem morrer ao viver, todas as vezes que ,por escolha própria ,decidem não fundamentar suas vidas sobre a rocha ,aí as tempestades vêm e nada sobra ,senão vestígios de uma vida sem Cristo, que é como escritas reproduzidas na areia que ao suave toque do vento não tiveram a sua existência contemplada , ou seja,que podiam até ser um poema de um habilidoso escritor,mas quem as reproduziu, não lhes deu o devido valor !
Por Juliana Lima