quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Eis o motivo...


É super confortável viver o rotineiro, o comum, o recorrente, apesar de às vezes ser um tédio, vamos ser sinceros. Mas, é bom “ter o controle” das coisas, se assim podemos dizer, é bom saber o que fazer, como fazer e saber como irá acontecer.

Entretanto, por algum estranho motivo, eu prefiro o incerto, ainda que o novo me amedronte. Por fatores desconhecidos, eu prefiro me lançar no desafio, nem que seja para depois ter uma boa história para contar. Ok, sou um paradoxo , em que racionalidade e emoções conflitam e mesmo se completam.

Como a maioria das pessoas me sinto cômoda na zona de conforto, mas meu coração palpita, o ar falta e sinto meu sangue correr nas veias quando desafio se lança. De fato, fico hipnotizada, fascinada e atônita, mas não se confundam, tal fenômeno só ocorre quando observo as regras do jogo, e às vezes, de forma calculista e sensata, noto que pode ser interessante jogar.

Esse é um dos motivos da escolha da minha profissão, nunca me imaginei fazendo a mesma coisa, todos os dias e da mesma forma, sempre quis algo além, a essência das experiências, sentir histórias, contestar fatos. Na verdade, adaptando a citação de Friedrich Nietzsche :” Não sei o que quero, mas sei muito bem o que não quero”.E não quero viver de “quases”, de “talvez”, de improbabilidades.

O mundo é tão grande e eu sou tão pequena diante dele, que às vezes penso que eu talvez não possa mudá-lo, transformá-lo ou acrescentar-lhe , mas alguma coisa me faz acreditar que minhas histórias podem. Talvez as histórias que eu ouça, as histórias que eu viva, as histórias que eu conte. E no final das contas, notaremos que não somos nós que compomos as histórias, somos compostos por elas. Por isso escrevo, faço desse um dos meus maiores prazeres e desafios, traduzo o mundo pra mim em simples palavras, e todos os dias me lanço nos braços da escrita , cheia de coragem, e com uma ambição: devendar o incompreensível e romper as correntes do incerto .

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Destemidamente, é hora de sentir!


Estou cansada de suposições, possibilidades e indiretas.
Quero algo concreto, palpável, digno do momento que vivo.
Se for para falar, ótimo, que seja. Conversemos como adultos e resolvamos , de forma direta, nossas dificuldades.


Se for para gostar, que seja sem medos, joguinhos e infantilidades.
Se for para brigar, que seja com o intuito de argumentar e chegar a um senso comum e não apenas criar desconfortos.
Se for para encarar, tudo bem. Encaremos, mas não apenas um ao outro, vamos dar as mãos e juntos encarar o desconhecido.


Se for para lutar, lute enquanto há tempo, depois que se perde, a batalha só passa a ser mais uma história em algum livro empoeirado, mas jamais poderá ser revivida. Podem aparecer oportunidades semelhantes, mas a mesma jamais!
Se for para demonstrar, não tenha medo de parecer ridículo, ao contrário, seja romântico e brega ao mesmo tempo, seja cavalheiro e bobo, seja criativo e audacioso, só não deixe de ser feliz.


Enfim, é isso que quero: Alguém que não tenha medo de viver e de sentir, ou melhor, alguém que não tenha medo de viver o que sente. Dentre todas as minhas incertezas, só sei de uma coisa, se lamentar não faz mais meu estilo, e não ficarei a mercê , esperando um menino ter atitudes de homem, enquanto que posso encontrar um homem, que consegue expor seus sentimentos, com a sinceridade de um menino.