domingo, 4 de dezembro de 2011

Eu espero...


Eu espero que você me olhe com sinceridade, não com um olhar ameaçador, mas ingênuo e amoroso.

Eu espero que você segure a minha mão, não só por cavalheirismo, mas para que eu não esqueça que você está sempre ao meu lado.

Eu espero que você fale a verdade, que não esconda seus erros, que diga o que sente e sinta cada palavra que diz.

Eu espero que você me acrescente, intelectualmente, espiritualmente e humanamente.

Eu espero que você me abrace, mesmo que não hajam motivos, mas sempre que houver vontade...Simplesmente me abrace.

Eu espero que você reconheça, que reconheça a necessidade de mudar, não para ser um homem melhor pra mim, mas para ser um melhor servo de Deus.

Eu espero que você seja fiel, mesmo que eu não esteja perto e não haja a necessidade de satisfações.

Eu espero que você tenha paciência com minhas falhas de personalidade, com minha teimosia, minha chatice e meus atrasos.

Eu espero que você não tenha medo, mas possua atitude e faça jus a imagem que fiz ao vê-lo .

Eu espero sempre rir com você, voltar a infância em um milésimo de segundo e ao mesmo tempo ter a maturidade de um adulto no outro.

Eu espero que você me ache linda, não por causa do que os seus olhos podem ver, mas por causa do que eles não podem.

Eu espero que você me ligue, talvez só para dizer boa noite, pra dizer que está com saudade ou só porque lembrou de mim.

Eu espero que você saiba ceder, reconheça seus erros e queira me fazer feliz.

Eu espero que você seja o que Deus tinha guardado para mim e a pessoa pela qual eu sempre esperei.

E, por último, mas não menos importante, eu espero ser tudo isso pra você . Também espero fazer com que essa espera se finde e que cada um desses elementos, em breve, sejam componentes de uma realidade construída por nós.Por isso, eu espero...Te espero!

sábado, 22 de outubro de 2011

Dentro da armadura


Enfim, me revisto de pedras, ferro e prata.
Em punho está meu escudo e me torno destemida. Intimido a mim mesma.

Pisando em vidros, eu caminho, olhando o horizonte, com um “pronunciável” silêncio e pensamentos ensurdecedores. Um passo de cada vez... Desempenho a difícil tarefa de manter a armadura sustentada em uma inclinação de quase 90 graus, meu salto agulha não me deixa negar esse fato e nem o meu pé, doído pela arte de se equilibrar.

Forte, segura e impenetrável, com sorrisos, gentilezas e delicadezas. Tudo parece bem e, mesmo com a armadura em punho, não se pode perder o charme, talvez ele seja uma arma... talvez.
Mas, o que se vê, não é necessariamente a realidade. Dentro dessa capa, existe uma fragilidade que precisa de cuidados, uma sensibilidade que necessita de carinho e uma fé que anseia por amparo. Entretanto, você só sabe o que vê, não sente como eu sinto.

Surpreendente seria encontrar alguém que enxergasse além da armadura, que quisesse mergulhar e encontrar o que não é óbvio, que seguisse o clichê “enxergar além da aparência e ver a essência”...Isso sim chamaria minha ateção,seria, de fato, APAIXONANTE. Afinal, dentre as muitas descobertas, eu cederia a revelação de mais um dos meus segredos: "Dentro da armadura, só uma menina há".

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Diário de Bordo



Como já disse várias vezes, eu escrevo para mim, entretanto, caro amigo que acompanha meu blog, fico lisonjeada de saber que você está aí do outro lado. Mas, verdade seja dita, o alvo dos meus textos não é você, são as minhas indagações... é como diz Clarice Lispector: “Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever”. Bom, já explicada a minha motivação, não tomem esse post como exibicionismo, mas simplesmente como mais análises dessa eterna observadora.

Viajei essa semana para outro Estado, não tão longe, mas o suficiente para que o sotaque pudesse me hipnotizar. Pois é ,amo sotaques e, para mim, eis aí um dos maiores atrativos nas viagens. Mas, como ia dizendo, conheci ótimas pessoas, conheci novas expressões, conheci lugares lindos e, acima de tudo, me reconheci.

Nossa, viajar lava a minha alma. Quando vivo constantemente apenas no meu cotidiano, sem um pit stop, eu fico tão focada em outras coisas que esqueço de olhar para mim. Divertir-me, observar e ser observada, brincar com possibilidades e quem sabe torná-las fatos é bem atrativo, e faz notarmos que podemos ser o que quisermos e ao lado de quem quisermos. A escolha é nossa, a sorte... É deles. kkk

Brincadeira...=)

Nem gosto de falar de sorte, porque para mim ela não existe, existem escolhas, e eis aí a dificuldade de fazê-las. Você pode sorrir em vez de franzir a testa, você pode ler um bom livro em vez de ler apenas bula de remédio (hehe), você pode se permitir em vez de se retrair. Tudo na medida certa enobrece o espírito e fortalece a alma. Mas, como escolher e como saber o momento certo para essa escolha?

Um dos melhores momentos dessa viagem foi assistir de camarote o pôr-do-sol na praia, sentir o vento no rosto, fechar os olhos, respirar fundo e ao olhar novamente ver o maior espetáculo da terra na minha frente, o sol se debruçando sobre a água, como se pedisse amparo e proteção diante da gigante lua que vinha com todo seu resplendor pintar o céu. Não era uma cena de intimidação, apesar de ele estar deixando de ser o protagonista da tela, ao contrário, era algo lindo, exuberante, era uma cena de glorificação. Afinal, se você parar para pensar, ele já tinha brilhado o dia inteiro e no momento exato se retirou para que o espetáculo pudesse ocorrer novamente no próximo dia.


Olhando essa cena eu senti a vida e vi como Deus é perfeito e maravilhoso. Esse show da natureza ocorre todos os dias, mas foi necessário eu parar um pouco para notar que eu também posso me debruçar sobre Alguém e, mesmo sem eu pedir, Ele se preocupa até em pintar o céu todos os dias para que eu possa ver esse espetáculo, e muitas vezes eu nem noto. Comecei a me perguntar, imagina o que acontecerá se eu depositar minha vida nas mãos Dele?


Olhei para o alto mais uma vez e então encontrei a resposta: “Eis a minha oportunidade de ser que nem o sol, por mais que gigantes queiram me intimidar,se eu colocar minhas escolhas e propósitos em Suas mãos, Ele sempre me resguardará e agirá no momento exato, não de qualquer forma, mas fazendo de tudo um grande espetáculo”.

sábado, 18 de junho de 2011

Carpe Diem, persona!




Às vezes penso que deveria haver um antídoto cujo o efeito colateral fosse a felicidade. Mas, não a felicidade sem sentido, e sim aquela que faz a gente sorrir com a alma e transpassar por cada poro o entusiasmo do momento. Uma felicidade que não acaba em segundos, horas ou quando fechamos os olhos para dormir, mas sim algo continuo, envolvente e viciante.

Talvez a famigerada felicidade esteja nos dizeres poéticos, no carpe diem, nos contemplamentos filosóficos e em páginas de livros. Para outros, pode ser sentir adrenalina na corrente sanguínea, ter altos índices de serotonina ou comer uma barra gigante de chocolate e produzir endorfina para as próximas três gerações.

Talvez a felicidade esteja no silêncio, no som de qualquer outra coisa que não seja a sua própria voz, no calor que sentimos quando o sol toca nosso corpo e pinta a manhã como se a luz fosse o foco principal da arte.

Talvez felicidade seja ter o colo de alguém que nos ama muito para recorrer, talvez seja levar um puxão de orelha e saber que há quem se importe.

Talvez seja muito além do que trabalho, estudo e tudo que há nesse mundo...

Talvez ela esteja aos nossos olhos, mas, não basta olhar para o lado, muito menos no espelho, tem que olhar para cima, e saber que lá não existem “talvez”, e sim “certezas”.

Independente de religião e credos, todos nós nascemos com essa necessidade de sermos felizes, é algo vital.

Procuramos a tal da felicidade em muitas coisas, mas no fundo sabemos que Alguém, um dia , criou o antídoto para tristeza e colocou a fórmula no interior de cada um. Agora, cabe a nós mergulhar no nosso intimo e descobrir que a fórmula para ser feliz não é uma equação, mas uma pessoa, e sempre esteve ali querendo apenas que a busca terminasse no desenho de um sorriso.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Porque a raça humana evolui...



O tempo passou e deixei de ser a moça tímida demais.

Deixei de falar baixo, para o extremo oposto inclusive.

Não sinto mais arrepio quando ouço uma música, porque agora sinto arrepio ao fazê-la.

Falar em público deixou de ser pesadelo para ser uma adrenalina necessária e quista.

Coisas novas ainda me assustam um pouco, mas a vontade de conhecê-las me seduz.

Respeito. Sim, passei a entender o significado amplo da palavra e não apenas repeti-la como uma frase de ordem.

O príncipe? Eu nem espero mais, talvez um sapinho jeitoso seja mais divertido!hehehe

Não sonho mais em descobrir o mundo, eu já o desvendo a cada dia.

Não preciso de máximas de terceiros, agora tenho as minhas...

Auto-suficiente?
Nuncaaaaa, graças a Deus por isso.

O melhor elogio que recebi até hoje?
“Eu te amo”!
Porque essa frase além de sonoramente linda reduz suas qualidades em um sentimento inigualável. Afinal, não tem melhor elogio do que traduzir alguém em emoções. Entretanto, um amigo meio doidinho disse algo que amei também; “Você é uma mulher utópica”. Uhuuuu... Adoro ser utópica, amigo!hehehe

Descobri que quando a gente diz que vai esquecer um amor, às vezes descobre que nem era amor, por isso conseguiu esquecer.

Aprendi que cada fase tem seu charme característico, até as difíceis.

Notei que é bom fazer loucuras e passar por situações engraçadas, essas são as melhores histórias a serem lembradas.

Também descobri que tenho um vocabulário próprio, e julianês é minha linguagem, meus amigos sabem do que estou falando e desfrutam disso. hehe

Eu sorrio com olhos e falo com gestos. Deslumbro-me com a felicidade alheia e todas às vezes eu roubo um pouquinho dela para mim.

Descobri que é bom extravasar vez ou outra.
“Que se exploda!"
Pois é, tem horas que é ótimo dizer isso.

Aprendi a me importar com quem é importante, as pessoas falsas são insignificantes.

Clichês são bregas, mas verdadeiros.

Há alguns anos também notei que extensas doses de Vinícius de Moraes me aliviam e anestesiam a alma.Tenho a nítida sensação de que ele escreveu “Menina como uma flor" para mim, só pode!hehe.

Mas, a minha maior descoberta foi o melhor lugar do mundo, sem hipérbole alguma;

Descobri que o melhor lugar do mundo não é um lugar, mas uma pessoa, Deus. Ele está em mim e Dele o lugar sou eu!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

22 anos, a essência conta história...



22 aninhos, quem diria...hehehe

Pensamentos...
“Caramba, o tempo passa rápido.”
“O que eu fiz até aqui?”
“Será que aproveitei o suficiente?”
“Está faltando alguma coisa?”

Pois é, esses foram alguns dos muitos pensamentos que permearam minha cabeça esses dias. É também incrível como olhar para o passado me remete ao futuro, me faz indagar o que será do amanhã e planejar o incerto.
Dentre todas as perguntas, a que me pareceu mais relevante foi “o que fiz até aqui?”, e neste texto vou tentar repassar a essência das minhas experiências no decorrer desse paradoxo que é a minha vida.

Eu sorri. Essa é a frase mais característica da minha declaração.
Eu sorri timidamente. Eu sorri insanamente. Eu sorri por disfarce. Eu sorri por nervosismo. Eu sorri por não saber o que fazer. Eu sorri daquele jeitinho de quem diz com palavras “não”, mas com o olhar “sim”. Eu sorri para não chorar. Eu sorri descontroladamente até perder o ar. Sorri de mim. Sorri de vocês. Sorri da vida e para a vida. Nunca me podei, em qualquer lugar e com quem fosse, enchi meus pulmões, redesenhei meus traços e sem pudores, eu sorri.

Amei, e como amei. Tive como professores a minha família, e em “matéria de amar” também virei mestra, e de vez em quando eu reveso com eles. Assim vamos aprendendo e ensinando a amar, uns aos outros e cada dia mais.

Apaixonei-me pelos meus amigos, ah que lindos!
Meus queridos, com os quais pude sempre contar, que me fizeram ver que amizade é mais do que companheirismo, mas também uma relação em que o amor impera.
Também amei a "outros", mas dessa parte da história vocês não vão querer saber, né?hehee

Já passei por tantas fases... Mas, mesmo assim sempre serei a frágil garotinha para aqueles que me envolvem em seus braços e me fazem crer que o mundo não é tão temeroso, que estou protegida no recôndito desse amor, meus pais. Entretanto, aos 22 anos, aprendi a me vestir de mulher todos os dias e, com minhas certezas e incertezas dentro da bolsa, enfrento a realidade de frente, procurando galgar níveis mais altos do que os meus saltos podem alcançar e, de fato, ser melhor a cada dia, não para o mundo, mas para Aquele em quem eu creio e para mim mesma.

Também já disse "eu te amo", e ouvi um “eu também”, outras vezes disse “eu te amo” e como resposta tive o silêncio. Fiz loucuras felizes, e já fui feliz por causa dessas loucuras. Já fiz “cenas” em público. Já me importei com o que os outros diziam, outras horas eu os achei insignificantes. Já me fiz de forte estando arrasada. Já fui feliz com coisas simples. Já chorei escondida. Já esperei. Já cansei. Já me senti sozinha no meio da multidão. Já me senti ótima comigo mesma. Já perdi. Já ganhei. Já sonhei. Já sofri. Já me senti segura. Já brinquei sem me importar com as aparências. Já dei abraços que eternizaram momentos. Já falei coisas que me arrependi, outras eu me orgulho de ter falado. Já briguei. Já senti raiva. Já fui sozinha para o outro lado do país, e enfim comprovei: o horizonte é maior...

O horizonte é maior do que nossas vãs filosofias. Já fiz muitas coisas das quais me orgulho, outras nem tanto. Mas,é ótimo saber que posso recomeçar a cada minuto, ser e dar o meu melhor, não porque haja méritos em mim, mas porque um dia alguém morreu para que o verbo “sorrir”, que caracteriza tanto a minha vida, não ficasse só no passado, mas se tornasse constante a ponto de ser um futuro bem presente.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Bifurcações



Oi galera, sei que ainda não fiz minha crônica de fim de ano, ou melhor, de começo de ano(hehehe), mas aqui vai um texto que fiz, fazendo alusão a encontros e desencontros, e como eles podem ser divertidos e mudar nossas vidas.
Espero que gostem...


Bifurcações


Ele a encontrou, ela o olhou. Ele a encarou, ela suspirou. Ele imaginou, ela fantasiou. Ele falou, ela se desencantou. Ele se apaixonou, ela flertou. Ele fazia qualquer coisa, ela não fazia nada perto de alguma coisa. Ele tentou, ela o rejeitou. O tempo passou... Ele a viu, ela o viu. Ele não falou, ela se perguntou. Ele a rejeitou, ela indagou. Ele se envolveu, ela esperou. Ela jogou seu charme, ele não ligou. Ela falou, ele novamente se interessou. Ela tinha dúvidas, ele tinha medos. Ela aguardava o melhor, ele aguardava o mais apropriado. Ele conversou, e dessa vez ela se interessou. Ele orou, ela clamou. E sabe como tudo terminou?
Ele e ela esperam o fim, mas ainda não acabou...