quinta-feira, 9 de abril de 2009

Por 20 anos,minha vida...

Às vezes nos sentimos tão confusos, paradoxais, sem perspectivas, mas ao mesmo tempo querendo abraçar o mundo mesmo estando de braços atados.Atados em nossos medos ,em nossas frustrações,nossa pequenez.Sabemos que no âmago há um gigante de potencial a ponto de se libertar,mas que se torna uma criança indefesa ao deparar com uma realidade muitas vezes fantasiosa ,que existe só nos limites que nós mesmos impomos.
Uma vez me disseram que “crescer é fazer escolhas”, e como é difícil crescer... Olhar para trás e observar os erros que nem sempre tiveram um aprendizado eficaz, olhar as alegrias e torcer para que o fechar dos olhos te leve de volta para aqueles agradáveis momentos, mas ao abrir saber que tudo passou, que foi importante ter vivido,sentido cada emoção,vertido cada lágrima e ter se divertido com coisas minúsculas e às vezes insanas.Mas,por um lado é bom notar que tivemos a oportunidade de desfrutar de tanta coisa,de ter não só conhecido ,mas vivido pessoas na plenitude da intensidade de cada uma,é bom ver que não só passamos pela vida,mas marcamos e fomos marcados por ela.
É mais gratificante ainda analisar que algumas marcas nos serão eternas, que apesar de novos rumos, de novos ambientes e por que não novas “marcas”, algumas simplesmente não deixarão de existir com o tempo, pois já se tornaram partes indissociáveis do que nos tornamos.
Agora, ao caminhar duas décadas por essa estrada que é a vida posso dizer que tracei novos caminhos, cruzei com alguns que me fizeram crer que valia a pena continuar caminhando e me incentivavam a olhar para frente por mais que os obstáculos teimassem em volver meus olhos para o chão, cruzei com outros que gostaria não ter cruzado, mas hoje vejo que se sou o que sou foi por que um dia alguém me fez ver que a minha opinião não era a única, mas que havia coisas e pessoas diferentes de mim e pude aprender com elas.
Não sou mais tão inocente como uma criança, apesar de resguardar uma infantilidade que espero nunca perder, mas também não sou tão madura a ponto de dizer que entendo a complexidade da vida.Nesse meio tempo vou andando ,caminhando e fazendo escolhas. Escolhas que resolvi colocar nas mãos de alguém que entende muito mais da vida do que eu, que entende minhas fragilidades e enxerga no florescer de uma mulher a menina dos seus olhos.
NELE eu encontro refúgio constante, sabendo que ELE sempre foi a ostra que em vez de fazer do meu incomodo pecado algo ruim, preferiu me moldar a cada dia na esperança que aconteça o que ninguém acreditara,ou seja,que no lugar de uma impureza surja uma resplandecente e pura pérola.Afinal, ELE enxerga em mim mais do que os olhos humanos conseguem ver.Entretanto, enquanto esse dia não chega continuo a ser acarinhada pela disciplina do Pai e protegida pela carapaça da sua justiça.
Hoje faço uma reflexão sobre a minha existência e noto que a decisão mais importante que tomei não necessitou de 60, 70, ou 80 anos para acontecer, mas que se concretizou nas duas primeiras décadas da minha juventude. E quantos caminhos poderia ter traçado... Mas, a minha frente foi desenhado, os meus olhos foram destampados e os meus pés foram direcionados a traçar esse caminho.
Alguns talvez não me entendam, achem radicalismo, mas isso que digo a vocês não consiste em religião, consiste em amor. Descobri que nada sou sem amor, que não teria sentido viver se não amasse e fosse amada, e por tempos tive uma busca incessante por um amor cálido e verdadeiro, que só pude obter quando encontrei a DEUS e por isso decidi, para sempre a minha grande ambição é CONTINUAR A AMAR...

Um comentário:

  1. Juliana!

    A boca diz do que o coração está cheio... E os dedos também! rsrs

    Muito bom o texto! Fico contente em ver o valor que dás nas coisas que realmente devem ser valorizadas. A principal delas é nossa comunhão com Deus.

    Deus te abençoe hoje e sempre!

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