Ai, quem me dera...

Oi Galera, ainda vou escrever uma crônica bem ao meu estilo para finalizar o ano.heheh
Por enquanto, só dei uma passadinha por aqui porque faz tempo que não atualizo e senti vontade de compartilhar com vocês um texto precioso que encontrei hoje.
De quem será?hehhe
Ah, é dele, o meu "inspirado inspirador", Vinícius, claro...
Reconheço que ultimamente eu tenho tido uma quedinha por Fernando Pessoa, mas Vinícius não sabe...hehehe
Bom, em breve vou postar textos de Fernando e seus heterônimos aqui também.Por hoje, deixem de ser preguiçosos e leiam o poema lindo: "Ai, quem me dera".
oBS:
Tem um link anexado de um video do youtube.Logo, quem estiver com preguiça de ler, é só ouvir.Eu facilito as coisas para vocês,né queridos?hehe
Presente de natal atrasado!

link:http://www.youtube.com/watch?v=r-36X0YVkLc


Ai, quem me dera
(Vinícius de Morais)

Ai, quem me dera terminasse a espera
Retornasse o canto simples e sem fim
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim

Ai, quem me dera ver morrrer a fera
Ver nascer o anjo, ver brotar a flor
Ai, quem me dera uma manhã feliz
Ai, quem me dera uma estação de amor

Ah, se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem casais

Ai, quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afim
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim

Ai, quem me dera ouvir o nunca-mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E, finda a espera, ouvir na primavera
Alguém chamar por mim

Serei eternamente sólida para vocês...

Às vezes eu até que gostaria de entender tudo, mas tem coisas que não entendo e tem outras que me recuso a perder tempo tentando entender.
Essa semana, em particular, uma coisa me chamou atenção, uma coisa boba, me fez refletir. Um simples comentário: “depois dizem que as pessoas não mudam quando entram na faculdade, né?”
Nossa, que coisa trivial conversar sobre uma irrelevância dessas, mas de fato, essa bobagem me fez pensar.
Bom, se você fica muito tempo sem ver alguém que conviveu, qual é a primeira coisa que você faz quando tem a oportunidade de vê-lo?
Abraçar?
Beijar?
Dizer o quanto sentiu saudades?
Pois é, mas alguns “seres irracionais” (como diz minha amiga Paula-hehehe) acabam por observar o primeiro alvo de críticas. Recuso-me a achar que isso seja pertencente a personalidade de um individuo, na minha opinião é simplesmente o reflexo de frustrações, pois quando alguns estão frustrados começam a refletir as suas amarguras em outras pessoas, com objetivo de se identificar e não se sentirem sozinhos em meio a tal situação.
Pensamento egoísta?
É, também acho.
Mas enfim, cheguei a mais uma das minhas conclusões filosóficas da vida!hehehe
Bom, por outro lado, você já notou que as pessoas que geralmente agem dessa forma não são seus amigos?
Afinal, quando reencontramos nossos amigos as palavras não conseguem nem ser pronunciadas, os abraços sufocam qualquer pré-julgamento e os únicos sons entoáveis são os dos risos de satisfação.
Eles não te olham julgando se você mudou ou não, até porque os seres humanos estão em constante transformação e mudar faz parte do nosso processo vital, os que não mudam, literalmente mergulham na inércia da vida.
Eu ofereço esse post à todos os meus amigos, que podem estar há muito ou pouco tempo sem me ver, mas que todas as vezes que me encontram enxergam a amiga de sempre e não um alvo de comparações. Logo, baseada na fala de uma professora, "eu sempre serei líquida para os irrelevantes, porém eternamente sólida para aqueles que fazem a diferença".

Por favor, alguém me dê uma dose bem grande de Vinicius com muito gelo!

Oi Gente!
Bom, hoje não vou escrever nenhum texto, só transcrever!hehe
Calma, não é plágio, viu?
Mas, hoje estou postando no blog um poema de um dos meus autores favoritos, Vinicius de Morais. Nossa como eu admiro a forma leve e encharcada de emoção com que ele escrevia, me vejo emocionalmente desnuda perante os seus versos. Eles traduzem momentos vividos e a ausência deles, conseguem mesmo na sua abstração atingir uma ampla concretude.
Eu sei que alguns de vocês não curtem poemas, mas tentem ler até o fim, vai valer a pena.
Pois é galera, já sabem... Se quiserem me agradar é só me dar uma dose bem grande de Vinicius com muito gelo. Desde já eu agradeço!hehehe


Para Viver Um Grande Amor
Vinicius de Moraes

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para uma menina com uma flor

E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfrentando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor.

"Ainda bem que quase ninguém lê esse blog..."

Por um lado é bom saber que quase ninguém lê esse blog, porque posso escrever livremente e não me preocupar com o que vão falar.
Ah, as pessoas...
As pessoas de fato falam demais.
Mas, o pior não é o quanto elas falam, mas o quanto nos preocupamos com o que elas dizem.
Eu conheço pessoas que deixam de ser felizes por medo de enfrentar a vida, tomar atitudes, unicamente por medo do que vão falar.
Não vou me prolongar quanto a isso, até para não lembrar.
Afinal, depois de muitas lágrimas derramadas, de muitas palavras faladas, depois do silêncio e da desilusão, aprendi uma coisa: É preciso ter coragem para ser feliz, os covardes não merecem, nem por um instante, desfrutar da felicidade.

O infinito de nós dois...

Às vezes queria mergulhar no profundo da minha alma e encontrar a essência que há em ti.
Sim, porque creio que mesmo nunca tendo te olhado, com olhos apaixonados num instante de um sorriso ou na leveza de um gesto, posso te reconhecer, posso te identificar, posso te dizer, que valeu a pena, valeu a pena esperar.
Encontro-te nos meus sonhos, pensamentos, para alguns fantasia infantil ou apenas imaginação.
Não sei se vai demorar, talvez um ano, talvez uma vida, talvez eu nem o encontre ,mas eu tenho certeza que em algum instante você existiu e também pensou em mim.
Enfim a emoção me toma, envolvida por um sentimento que nunca desfrutei.
Ver-te, reconhecer-te, sentir-te, e o início mostra que sempre foi assim no infinito de nós dois. E o passado, eu deixo no passado, se torna uma história pra contar depois.
No murmúrio dos meus lamentos, chorei a tua ausência, mas te vi na presença da abstração. Vejo-te quando as mãos se unem, quando os joelhos tocam o chão e quando em meu rosto um sorriso se desenha, a Deus em oração.
Espero-te, não por audácia ou exibicionismos, te espero porque o grande maestrino do universo conduz a melodia que entoa meus intentos, ela é interpretada em dueto, e nunca chamou-se ilusão, porém em todos os momentos sempre denominou-se fé.

Desde sempre e para sempre.

Hoje eu acordei, ou melhor, nem dormi direito, adivinha por que?
Ah, porque eu estava pensando na vida.Mas, não na morte da bezerra ou coisa do tipo, eu estava pensando na minha vida, ao longo desses 21 anos, ao lado de um atentadinho e amável ser, o meu irmão.
É ,o post de hoje vai ser um pouco diferente, nada das minhas análises filosóficas da vida( nossa, isso soou bonito-hehehe) ou exteriorizações de uma cronista de gaveta ( só por enquanto,viu?hehe),hoje a postagem vai ser bem mais pessoal, acho que o nome adequado seria especial.Essa postagem é dedicada a João Rodrigues dos Santos Junior, meu irmão por laços sanguíneos e meu amigo ,simplesmente por escolha.
Talvez você esteja se perguntando o por que disso,não é?
Bom, para quem não sabe, ele se casou .Sim, com os seus 22 aninhos ,mas com uma maturidade de bem mais que isso, ele se casou.
Bom mano, para começar eu vou falar sobre o dia que eu te conheci.
Tá, é verdade, eu não lembro, mas a mamãe se lembra como se fosse ontem.Afinal de contas, você quase me deixou cair de cabeça no chão.
Eu, uma recém nascida, e você, um garotinho de quase dois anos ,gordinho e fofinho.Você foi me visitar no hospital todo empolgado, e quando entrou na sala eu estava chorando , foi quando me tirastes do berço pelo pé e ficastes me segurando de cabeça para baixo, a um palmo do chão, dizendo: Não sola( sim, com “s” mesmo) maninha, já tá na hora do papá!hehehehe
A mamãe começou a gritar ( ela não podia fazer nada, estava operada) até que a tia Silvana me salvou e você tomou umas palmadinhas,né?( se fosse nos dias de hoje ,depois da lei das palmadas, íamos crescer sem a nossa tia após esse episódio)heehe
E nós fomos crescendo, aí chegou a hora de ir para a escolinha.Eu, escandalosa como sempre, dava meu show na porta da escola, chorava, me jogava no chão, fingia que ia morrer-hehehe- tudo para não ficar longe da mami- e você dizia a celebre frase que as nossas antigas professoras da escolinha lembram até hoje: Não chora maninha( A dicção tinha melhorado,hein!hehe) , chegou a hora da rodinha!hehehee( ai, que fofo!)
Alguns anos depois vivíamos entre tapas e beijos, uma hora brincando e duas brigando!hehehe
Mas, lembra que apesar dos pesares nos unimos para fazermos os nossos protestos?(sabes do que tô falando - puro barraco! heheh)
Brincamos de tudo ,né mano?
Fomos super heróis, tentamos fundar outra TV Cruj (heehe), construímos castelos, corremos todos os quintais da nossa rua, pegamos murucí da casa do vizinho,jogávamos Nitendo (eita coisa velha!hehe) , fora as tramóias que me induzias a fazer, pobre do povo da natação, da Juliane (lembra?hehe), dos teus amigos com os quais aprontávamos.hehehehe
Já no colégio, aquele ao qual não podemos mencionar o nome-hehehe, você não deixava de me defender, e como eu tinha orgulho de você, esse garoto sabia dançar tudo, até tentou me ensinar, mas adivinha no que deu... hehehe
E , quando eu fiz 15 anos, em meio aquela linda festa, sabe qual foi o depoimento que mais me emocionou?
Sim, foi o teu.
Porque eu lembrei que todas as vezes que eu tinha medo você sempre me deu sua mão e me incentivou a enxugar as lágrimas e prosseguir, todas as vezes que eu caí você fazia alguma graça para eu esquecer a dor e rir, até se colocava na minha frente quando a mamãe queria me bater ( algumas vezes,né?hehe) e eu sempre me senti segura por ter você aqui,por perto.
E quando eu pensava que você não poderia mais me surpreender, fizestes a coisa mais linda e sensata que um ser humano pode fazer, entregastes tua vida ao nosso Deus.Naquele dia ,quando a Jéssica entregou a vida dela também, eu tive certeza que ela era a designada de Deus para você.
Com toda certeza, o dia do batismo de vocês foi o mais feliz da minha vida até hoje.
Depois de 3 anos orando por ti eu vi um milagre ser realizado aos meus olhos no momento em que descestes aquele tanque batismal, e que alegria foi cantar aquela música naquele dia...
“Podes tu Senhor, ajudar o amigo meu?
Sei Senhor que o amas ,faça-o entender.
Podes tu Senhor, ajudar o amigo meu a entregar seu coração?”
Pois é mano, e Deus podia mesmo. Ele te moldou de uma forma impressionante, quem diria que aquele rapaz que gostava de festinhas viraria o ancião jovem da nossa congregação?
Mas, Deus já tinha tudo isso preparado pra você.
E com o passar do tempo, chegou a minha hora de fazer o vestibular.Nossa, eu estava tão insegura, e eu me espelhava em ti que abdicastes de quase tudo para conseguir teu objetivo.
Me lembro como se fosse hoje, que teve uma noite que sentei no chão, perto do computador, onde você estava, e comecei a dizer que faltava um mês para o vestibular, que eu achava que não ia passar, que estava insegura, e perguntei se você achava que eu conseguiria.
Você disse que se eu estudasse muito, conseguiria com toda certeza.
Sabe, aquelas palavras ficaram ecoando na minha mente, e comecei a estudar como nunca antes, e todas as vezes que eu sentia sono,cansaço, desânimo, lembra de você dizendo tudo aquilo.
Você não estava aqui na época das provas, estava na Paraíba, mas a cada etapa que eu ia passando vibravas junto.Eu lembro que uma das primeiras coisas que quis fazer, depois de saber da minha aprovação, foi te ligar.
Bom mano, se não fosse pelo seu incentivo e o da Bá também (hehehe) eu tenho certeza que não teria passado no vestibular e hoje não estaria fazendo o curso que sempre amei.
Com a vida tão corrida eu acabo sendo o estresse em pessoa, mas independente do momento, sempre estavas ao meu lado, seja para me atentar quando eu estava no computador ou fora dele-hehehe, seja para para me abraçar e dizer que me amas, seja para puxar minha orelha, seja para ouvir meus babadons na hora em que estavas jantando e ouvir aquela frase: Mana , senta aí, conversa com o maninho!hehehe. seja para ser meu confidente e enxugar minhas lágrimas, seja para me acordar com spray de desodorante, seja para me chamar dos mais variados apelidos possíveis ou para fazer cada loucura junto comigo... É tanta coisa que não dá nem para contar aqui.
Pois é, aí você se casou.
E como estavas lindo.
Nossa, fiquei tão feliz por te ver radiante, com a sua carinha de bebê satisfeito do papá. hehehe
Mas, não posso negar que também fiquei pensando: Poxa, será que meu mano ainda vai ter tempo pra mim?
Será que ele ainda vai ter tempo de ouvir meus babados, de me fazer morrer de rir com as leseiras dele, de me dar conselhos, de me abraçar.Afinal, agora és um jovem senhor e tens outras preocupações.
Mas, enfim obtive uma resposta.
Imagina qual foi a minha surpresa ao ser acordada por você,com um abraço, no dia posterior ao seu casamento.
Nesse momento eu percebi que independente do seu estado civil , da distância ou de qualquer outro fator, você sempre estará aqui para segurar a minha mão e dizer para eu não chorar quando o desconhecido estiver à porta.
Mano, posso não ser a melhor irmã do mundo,mas tenha certeza que eu sou a mais orgulhosa.

Desde sempre e para sempre :Te amo!

Juntando o que sobrou de mim...

Letra enviada por uma amiga em um momento difícil:

Estava em pedaços o meu coração
Sonhos cancelados,planos pelo chão
Ouvindo só o medo sustentando as águas
Dentro do meu barco sem ver a solução
Mesmo eu sabendo que
Recomeçar é tão difícil
Clamei a Deus somente com o que
Restou de mim

Quando minha fé se estendeu
E a mão de Deus me socorreu
Eu vi os meus pedaços
De novo no lugar
Deus moveu as águas
Por me amar

Metamorfose do olhar...

Trêmula, andando sozinha, na penumbra de uma cálida noite fria.
Parece um cenário triste, mas quem disse?
O tremor podia ser de emoção, o caminhar solitário poderia ser o momento necessário para confirmar a si mesma uma história que inacreditavelmente acontecera, a penumbra só reforça o mistério, que é bem-vindo em ocasiões específicas.
Todo este cenário foi montado no imaginário de quem lê estes pensamentos, só para reforçar uma única idéia: “o que varia não é a imagem, mas o olhar de quem a observa.”.
Às vezes tenho tantos motivos para ver o “copo meio vazio”, me pego pensando em catástrofes que nem aconteceram. Dito formas e regras, que anteriormente foram impostas por outros e me ponho a adequar-me. Não nos perguntamos se adequar-nos é o melhor, se ser como a maioria é o mais correto a se fazer. Nós só queremos fazer igual, ser igual, e, por que não, também ter igual.
Aí, a sinfonia da nossa vida desafina quando passamos a não tocar de acordo com a música. E, quem disse que improvisar é ruim?
Não, não é. Os maiores nomes da história receberam tal título por que fizeram diferente, porque conseguiram ver na simplicidade de notas,na variedade de aquarela ou na paralisação de uma imagem, algo que vai muito além do que a maioria vê.Não foram gênios por que seguiram os ditames impostos pela mediocridade social,mas porque simplesmente ouviram seus corações, resolveram desenvolver o que fizeram simplesmente por amor ao que faziam.
E inspirada na filosofia desses grandes nomes, resolvi escrever esse blog. Não escrevo para agradar os outros, para que me elogiem, nem para que eu tenha um grande número de blogs seguidores. Talvez pareça meio estranho, porque sou uma aspirante a jornalista, mas eu acho que é justamente por isso que quis ser jornalista, pelo amor que eu tenho à escrita. Dentre as várias expressões que o ser humano tem, alguns se atentam ao choro, outros são fascinados pelo sorriso, mas eu sempre fui envolvida pela escrita. Sim, a escrita passou a ser uma extensão das minhas emoções, passou a ser o meu instrumento para interpretar o mundo, passou a ser um objeto válido de análise dos acertos, dos erros, da tristeza, da felicidade. Mas, sobretudo, é o meu meio de mostrar a mim mesma que o copo sempre está meio cheio e,se pareceu de outro jeito, é porque quem deve ter olhado errado fui eu.